A RELAÇÃO HOMEM-TRABALHO: É POSSÍVEL SER MORAL?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36751/rdh.v19i1.1356

Palavras-chave:

homem, trabalho, capitalismo, moralidade, ética

Resumo

O objetivo deste estudo foi caracterizar as formas de análise da moralidade nos modelos de trabalho contemporâneos e descrever o papel do construto moralidade no processo de reinstitucionalização do trabalho. Pautado em pesquisa bibliográfica, buscou-se a identificação de abordagens tanto sobre o trabalho na atualidade como teorias que abarcam o contexto da psicologia moral. Observou-se que os modelos de trabalho contemporâneos têm redefinido sua moral, por uma “nova moral do capitalismo”, que consideram características como a inovação, o risco e o prazer imediato.

Referências

Antunes, R. (2015). Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. Boitempo Editorial.

Arendt, H. (2010). A condição humana, São Paulo, SP: Saraiva.

Bauman, Z. (1998). O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro, RJ: Record.

Bauman, Z. (2007). Tempos Líquidos. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar Ed.

Bendassolli, P. F. (2007). Trabalho e Identidade em Tempos Sombrios. Aparecida/São Paulo, SP: Ideias & Letras.

Bendassolli, P. F. (2016). Mal-estar no trabalho: do sofrimento ao poder de agir. Revista Subjetividades, 11(1), 65-99.

Borges, Z. (2007). O significado do trabalho uma reflexão sobre a institucionalização do trabalho na empresa integrada e flexível. Revista Eletrônica de Gestão de Negócios, 3(1), 121-143.

Cortina, A. (1993). Ética aplicada e democracia radical. Madrid: Tecnos.

Cortina, A. (2005). Cidadãos do mundo: para uma teoria da cidadania. São Paulo, SP: Loyola.

Cortina, A. (2010). Ética sem moral. São Paulo, SP: Martins Fontes.

Enriquez, E. (1999). Perda do trabalho, perda da identidade. Relações de trabalho contemporâneas, Belo Horizonte, MG, 5(9), 69-83.

Enriquez, E. (2014). O trabalho, essência do homem? O que é o trabalho?. Cadernos de Psicologia Social do Trabalho, 17(SPE), 163-176.

Freire-Costa, J. F. (2004). Perspectiva da juventude na sociedade de mercado. Juventude e sociedade: trabalho, educação, cultura e participação. São Paulo, SP: Fundação Perseu.

Galhardo, P. B. (2018). Concepções morais no mundo do trabalho: um estudo sobre os tipos de julgamentos e representações de si de gestores (Dissertação de mestrado). Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Gaulejac, V. (2007). A moral dos negócios. In Gaulejac, V. Gestão como doença social: ideologia, poder gerencialista e fragmentação social. Aparecida, SP: Ideias & Letras.

Harvey, D. (2011). The enigma of capital: and the crises of capitalism. Profile Books.

Kant, I. (1996). Sobre a pedagogia. Trad. Francisco Cock Fontanella. Piracicaba, SP: UNIMEP.

La Taille, Y. (2006). Moral e ética: dimensões intelectuais e afetivas. Porto Alegre, RS: Artmed.

La Taille, Y. (2010). Moral e Ética: uma leitura psicológica. Psicologia: teoria e pesquisa, 26(spe), 105-114.

Lopes, N. B. (2011). Educação escolar comunicativa: um possível caminho para a formação da cidadania. Dissertação de mestrado, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, Brasil.

Malvezzi, S. (1999). Empregabilidade e carreira. Cadernos de Psicologia social do trabalho, 2(1), 64-68.

Malvezzi, S. (2010). Urgência, Ajuda ou Atrapalha?. Revista de Marketing Industrial, 24-35.

Marx, Karl (1968). O capital: livro 1. Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira.

Mendonça, E. P. (1977). A construção da liberdade. São Paulo, SP: Convívio.

Morin, E. (2005) Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo, SP: Cortez; Brasília, DF: UNESCO.

Morin, E. (2010). Para onde vai o mundo?. Petrópolis, RJ: Vozes.

Nucci, L. (1981). Conceptions of personal issues: A domain distinct from moral or societal concepts. Child Development, 52, 114-121.  

Sennett, R. (2005). A corrosão do caráter: consequência pessoais do trabalho no novo capitalismo. Rio de Janeiro, RJ: Record.

Smetana, J. G. (2005). Social-Cognitive Domain Theory: Consistencies and Variations in Children’s Moral and Social Judgments. In Killen, M. & Smetana, J. Handbook of moral development. EUA: Lawrence Erlbaum Associates.

Smetana, J. G. (2013). Moral Development: The Social Domain Theory View. In Zelazo. The Oxford Handbook of Developmental Psychology. EUA: Oxford Library of Psychology.

Tessarini, G., & Saltorato, P. (2018). Impactos da indústria 4.0 na organização do trabalho: uma revisão sistemática da literatura. Revista Produção Online, 18(2), 743-769.

Turiel, E. (1989). Dominios y categorías en el desarrollo cognitivo y social. In Turiel, E., Enesco, I. & Linaza, J. (Compiladores). El mundo social en la mente infantil. Madrid: Alianza Editorial.

Turiel, E. (2010). Domain Specificity in Social Interactions, Social Thought and Social Development. Child Development, 81(3), 720-726.

Weber, H. (1987). A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo, SP: Pioneira.

Downloads

Publicado

2020-12-14

Como Citar

Bonato Galhardo, P. G., Querino Ferreira da Costa, R., & Caetano, L. M. (2020). A RELAÇÃO HOMEM-TRABALHO: É POSSÍVEL SER MORAL?. Revista Direitos Humanos Fundamentais, 19(1). https://doi.org/10.36751/rdh.v19i1.1356

Edição

Seção

Direitos Humanos em sua Dimensão Material