TEORIA DA SUBJETIVIDADE

CONTRIBUIÇÕES PARA A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO EDUCACIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR

Resumo

É histórica a relação entre psicologia e educação, especialmente no que diz respeito às questões de ensino aprendizagem e ao comportamento, na via da adaptação a um modelo esperado. No cenário brasileiro, desde o período entre o fim do século XIX e início do século XX pode-se observar aproximações entre essas duas disciplinas. A possibilidade de estudo da atuação da psicologia educacional passa pelo pressuposto de que a constituição subjetiva do profissional se expressa em sua atuação educacional, desvinculando-se do ideal de neutralidade total padrão. Dessa maneira, a importância e justificativa deste trabalho se expressa no pressuposto de que atuação quer do psicólogo educacional, quer do professor (psicológica e pedagógica) em ambiente escolar não é neutra – ou seja, a subjetividade dos profissionais, alunos e familiares está a todo o momento em questão. Cabe questionar, portanto, que concepções de trabalho e que implicações se tem nas intervenções e técnicas utilizadas nas escolas, mais do que avaliar se determinadas ferramentas são boas ou ruins, melhores ou piores do que outras. O objetivo geral deste trabalho é demonstrar que a inserção do psicólogo educacional, no contexto escolar, pode se dar na perspectiva da teoria da subjetividade, superando, desta forma, concepções limitadoras e que se restringem à tentativas de adaptação dos alunos a determinados padrões esperados de comportamento e desenvolvimento. Trata-se de uma revisão sistemática. A fim de dar conta de certa dimensão histórica, serão utilizados, livros, artigos produzidos recentemente a respeito do tema a partir de 2018 até 2023. Entendeu-se, a partir das leituras e reflexões realizadas, que é necessária uma reformulação na concepção que se tem do processo de ensino e aprendizagem, dos diagnósticos e dos instrumentos de avaliação das possíveis dificuldades de aprendizagem. Pode-se observar, ao longo dos anos, que um processo de ensino e aprendizagem fundamentados em abordagens exclusivamente quantitativas, focadas em metas neoliberais que promovem a limitação das ferramentas institucionais e subjetivas.